Perca um “negócio”, mas não perca o seu dinheiro!
Jamais adiante algum pagamento antes de ver o carro, ter certeza de que está tudo correto com a documentação e estar seguro em fazer a compra.
A maioria dos golpes consistem em pedir adiantamento para garantir a sua compra.
No caso de negociações com lojas, se for necessário fazer um adiantamento como sinal de compra, verifique todos os detalhes importantes para garantir um bom negócio. Exija um comprovante (recibo) com os dados do veículo e não dê mais do que 15% do valor total como sinal.
Hoje, com a facilidade do PIX, muitos criminosos criam anúncios falsos para atrair compradores. Assim, ao chegarem no local, as vítimas podem ser forçadas a transferir o dinheiro para os criminosos. Portanto sempre marque encontros em lugares públicos e seguros, na dúvida não vá!
Evite ir sozinho e sempre avise alguém para onde está indo.
Sempre pesquise a documentação do seu carro no DETRAN da sua cidade, pela internet. Evite surpresas! Se possível faça antes de ir, caso não tenha dados para pesquisar, faça na presença do vendedor.
Muitos se fala em não pagar nada antes de transferir o carro para o seu nome, mas e se após transferir você não receber?
Bom tudo é uma questão de bom senso, se você não se sentir confortável e nem confiante com a outra parte (comprador ou vendedor) proceda da seguinte forma:
Para evitar problemas, siga estas orientações:
1. Use um contrato de compra e venda: Antes de qualquer pagamento, tenha um contrato assinado por ambas as partes, detalhando as condições da transação.
2. Pagamento em etapas: Combine um pagamento inicial mínimo como sinal e o restante somente após a transferência e entrega do veículo.
3. Utilize uma conta de custódia: Considere usar serviços que retêm o pagamento até que todas as condições sejam cumpridas.
4. Verifique a reputação do vendedor: Faça uma pesquisa minuciosa sobre o vendedor ou a loja para garantir sua credibilidade.
5. Presença física: Sempre que possível, esteja presente no momento da transferência e entrega do veículo para garantir que tudo ocorra conforme o combinado.
Seguir todas ou algumas dessas dicas ajuda a proteger seu investimento e garantir uma negociação segura e bem-sucedida.
Nessa página você encontra um modelo de contrato de compra e venda para download!
Se possível, faça o laudo cautelar! Esse laudo é uma avaliação técnica detalhada realizada por um profissional especializado para verificar as condições de um veículo. Este laudo tem como objetivo identificar eventuais problemas mecânicos, estruturais e de documentação antes da compra ou venda do carro. O laudo cautelar abrange diversos aspectos, como:
1. Histórico de sinistros: Verifica se o veículo já foi envolvido em acidentes e se houve reparos estruturais.
2. Condições mecânicas: Avalia o motor, transmissão, freios, suspensão, entre outros componentes mecânicos.
3. Estado da carroceria: Inspeciona a lataria, pintura e possíveis sinais de ferrugem ou reparos mal feitos.
4. Documentação: Confere a regularidade dos documentos do veículo, verificando se há pendências como multas ou impostos em aberto.
5. Quilometragem: Verifica a autenticidade da quilometragem informada, prevenindo fraudes.
O laudo cautelar é uma ferramenta importante para garantir a segurança e transparência na negociação de veículos usados, ajudando compradores a tomarem decisões informadas e evitando surpresas desagradáveis após a aquisição.
Nunca entregue o veículo ou aceite um pagamento antes de confirmar a identidade do comprador.
Um dos golpes mais comuns no mercado de veículos usados é a compra por terceiros, onde um intermediário finge ser o comprador e tenta enganar tanto o vendedor quanto o verdadeiro comprador. O golpista pode se apresentar como um “representante” ou “intermediador” de uma pessoa que, supostamente, não pode comparecer pessoalmente.
Como evitar esse golpe:
Verifique a identidade do comprador: Peça para ele fornecer documentos de identificação (RG, CPF) e realizar uma videoconferência para garantir que é a mesma pessoa que aparece na documentação.
Evite pagamentos antecipados: Não aceite pagamentos por meio de cheques ou transferências para contas desconhecidas. O pagamento deve ser feito diretamente no momento da entrega e em um banco ou plataforma de pagamento confiável.
Exija que o comprador final assine a documentação: Certifique-se de que o verdadeiro comprador, e não o intermediário, assine todos os documentos de transferência, como o DUT e o CRLV.
Desconfie de pressa para finalizar a venda: Golpistas geralmente tentam apressar a transação. Se o comprador estiver pressionando para concluir rapidamente, tome cuidado.
Fique atento e evite a entrega do veículo sem ter a certeza de quem realmente está comprando!
Ninguém vende um carro por valores muito abaixo da tabela. Ainda que seja uma extrema necessidade, as pessoas não costumam baixar muito o valor, portanto sempre verifique o valor de tabela do veículo e desconfie se estiver fora do valor de mercado.
Fique atento à histórias confusas, justificativas familiares graves e diferentes valores ao entrar em contato.
Existem empresas especializadas que oferecem serviços de consulta veicular, proporcionando relatórios completos e detalhados sobre o histórico de veículos usados e seminovos. De maneira simples, utilizando o número da placa ou do chassi, você pode verificar se o veículo possui pendências ou problemas, ajudando a evitar golpes e prejuízos durante a negociação.
Esses relatórios podem incluir informações sobre:
Utilizando esses serviços, você ganha maior transparência e segurança na transação, garantindo uma compra mais informada e protegida.
Além de cartório, pode ser possível a transferência 100% digital. Quando um veículo está documentado com processo 100% digital, a transferência é realizada através do aplicativo do DETRAN; portanto confira antes que tipo de CRV o veículo possui (digital ou papel impresso) e se for necessário já instale o app do DETRAN em seu celular.
Negocie com o proprietário do veículo. O golpe do falso intermediário é uma delas e acontece com bastante frequência em negociações online. Ele atinge tanto vendedores, quanto compradores de veículos, já que os fraudadores utilizam informações de anúncios de terceiros para negociar automóveis usados ou seminovos.
Pesquisar antes de fechar qualquer negócio é essencial. Utilize sites e veículos de imprensa especializados para buscar informações e ofertas. Verifique avaliações e relatos de outros compradores.
Mesmo que você tenha algum conhecimento de mecânica e funilaria, leve um profissional de confiança para verificar as condições do veículo. Nunca finalize a compra apenas por fotos na internet e nunca pague qualquer quantia sem ver o veículo pessoalmente.
Para avaliar se o preço do carro está compatível com o valor de mercado, considere:
Se houver necessidade de reparos, os custos devem ser considerados na composição do valor pedido. Consulte tabelas de referência de valor, como a Tabela Fipe, que é usada até mesmo por seguradoras. Desconfie de preços muito baixos, pois podem ser uma armadilha. Verifique junto ao Procon e nas redes sociais se a loja escolhida tem registros de reclamações.
Analise as condições de pagamento antes de fechar o negócio. Certifique-se de que elas sejam claras e justas.
A compra de um veículo de outra pessoa física não é considerada uma relação de consumo, portanto, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica. Entretanto, em caso de problemas, você pode acionar o judiciário com base no Código Civil. Prefira comprar de um conhecido ou alguém de confiança.
Examine o carro à luz do dia: Locais fechados ou escuros podem dificultar a observação de detalhes importantes.
Ao inspecionar um carro usado, preste muita atenção aos ruídos do motor, pois eles podem indicar problemas mecânicos. Aqui estão alguns passos para identificar e avaliar ruídos no motor:
Verifique se os equipamentos de segurança obrigatórios estão em ordem, como macaco hidráulico, triângulo de sinalização, chave de roda, cinto de segurança e estepe.
Realize um test drive, preferencialmente com um mecânico de confiança, para verificar diversos aspectos do veículo, como as pastilhas de freio, alinhamento, suspensão e mudança de marchas. Durante o teste, passe sobre lombadas e outras depressões elevadas para ouvir possíveis rangidos vindos da carroceria. Esses sons podem indicar problemas na estrutura do carro, como trincas nas longarinas ou outras falhas estruturais.
Conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor, o veículo usado possui uma garantia legal de 90 dias para problemas aparentes. Se os problemas não forem de fácil constatação, o consumidor terá 90 dias para reclamar a partir da data em que forem verificados. Se o fornecedor não resolver os problemas em 30 dias, o consumidor poderá exigir a troca do produto, o cancelamento da compra com devolução do valor pago, ou um abatimento proporcional no preço. Se o fornecedor conceder uma garantia própria, deve fornecer um documento escrito informando a cobertura e exclusões claramente.
Nunca efetive a compra sem verificar a documentação do veículo. Confirme que ele não foi furtado e que não há multas pendentes. Consulte o Detran para obter informações sobre multas, alienações ou bloqueios administrativos, e não pagamento de taxas. Verifique se o veículo já teve algum sinistro e se as revisões estão em dia. Exija o manual do proprietário.
Se o lojista prometer providenciar a documentação, exija que a oferta seja feita por escrito e só aceite documentos originais. Os documentos essenciais são:
Confira a autenticidade dos documentos e se os dados são compatíveis com o veículo: número de chassi, cor, ano de fabricação, modelo, etc.
A compra de um veículo diretamente de outra pessoa física não é considerada uma relação de consumo; portanto, trata-se de um negócio ao quão não pode ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor. Entretanto, em caso de problemas, é possível o consumidor que se sinta lesado acionar o judiciário com base no Código Civil.
Conforme estabelece Código de Defesa do Consumidor, mesmo sendo usado, o veículo possui garantia legal de 90 dias para problemas aparentes.
Se não forem de fácil constatação, o consumidor terá também prazo de 90 dias para reclamação, contados a partir da data que eles forem verificados.
Se o fornecedor não solucionar os problemas em 30 dias, o consumidor poderá exigir: a troca do produto, o cancelamento da compra com a devolução da quantia paga, atualizada monetariamente ou o abatimento proporcional.
Se o fornecedor conceder uma garantia própria (que será somada à legal), deve fornecer documento por escrito informando a cobertura e as exclusões de forma clara.
Caso o bem possua defeito de fácil constatação, mas que não comprometa o seu funcionamento, ele deve ser informado na nota fiscal ou outro comprovante de compra. O consumidor não poderá reclamar desse item posteriormente.